Sobre arte e nãolixo
Precisamos acabar, superar, o conceito de lixo. Há alguns anos reutilizo todo o resíduo orgânico da nossa casa. A coleta seletiva do material sólido é recente. Trabalho com seis recipientes, onde c
oloco papel, plástico, vidro, metais, alumínio e outros.
Alguns materiais estou conseguindo reaproveitar. Outros, faço doações para uma entidade, que revende tudo para empresas recicladoras.
Em casa as dificuldades começam a ser superadas. Com o resíduo orgânico não temos problemas. Até o menor, Pedro Matias (08 anos) participa. Com a coleta seletiva há ainda resistências a serem superadas. Mas vamos conseguir.
O problema são os outros. A minha vizinhança ainda precisa ser conquistada. A cidade precisa ser conquistada. Em São Luís, Ma, não existe coleta seletiva.
Mas o que precisamos é superar o conceito de lixo. Lixo é uma uma abstração. Uma coisa inventada. Algo que foi infiltrado na cultura e que causa grandes males às pessoas, à vida, ao planeta.
Eu, por exemplo, evito citar o nome lixo. Falo em resíduo, em material, em matéria-prima, em energia e outras. Mas, principalmente, falo que o que jogamos fora não é excesso, ou sobras, mas riquezas, economias.
No Sítio Panakuí nos transformamos o nosso lixo em adubo, em material de uso, vaso de plantas e outras. Reinvente o seu olhar sobre o que você joga fora. Recrie o conceito, não pronuncie e estimule as pessoas próximas a usar outros termos.
Tirando o nome do vocabulário, poderemos tirá-lo da rotina diária. Este é o grande desafio: Não produzir lixo, nem mesmo o lixo no pensamento. Assim, tratamos também a nossa subjetividade.
Publicado em 09/09/2012, em ecologia e criatividade, negócios. Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.
Estou esperando a reportagem sobre compostagem sem minhocas –