Por uma escola criativa e libertária
Pedro Matias, o nosso caçula, tem oito anos. Ele estuda em uma das maiores escolas de São Luís, o Colégio Master. Pedrinho é uma garoto normal, criativo e ágil. Sua nota mais comum é DEZ.
E ele não faz o menor esforço para tirar a nota máxima. Está, ainda, no terceiro ano. Mas a escola não tem nada mais a oferecer ao Pedrinho. Ele tira dez e a nota máxima funciono como muro, como teto, como barreira.
O que mais o Colégio Master pode oferecer ao Pedrinho? O que mais as nossas escolas podem oferecer às nossas crianças?
Na cidade de São Luís a Universidade Infantil Rivanda Berenice (UIRB), uma das mais conceituadas, está com uma campanha de marketing onde diz, nos out dor´s espalhados pelas rotatórias, que os seus estudantes serão os futuros EIKE BATISTA, um ícone da depredação dos recursos naturais brasileiros e do estímulo ao consumismo, ou então o próximo BIL GATES.
Não quero este futuro para o Pedro Matias. Aliás, fujo das propostas pedagógicas do gênero. Mas, infelizmente, todas as nossas escolas estão afogadas na mediocridade pedagógica.
São escolas que estão de costas para a revolução ecológica que sacode as nações do planeta. As iniciativas do gênero não passam daquelas tipo “Um dia de alimento saudável”. O pedrinho convive com uma alimentação saudável todos os dias, ajuda na coleta de lixo, colabora na horta e no jardim. E ainda brinca muito.
Onde está a revolução ecológica, na educação particular do Maranhão? E na educação pública, onde estão as escolas que fazem a educação exemplar, na prática, coletando o seu lixo, fazendo hortas e jardins, inventando artes alegres e sustentáveis?
Há um deserto, neste cenário, no Maranhão? Ou alguém pode dizer que estou enganado? E EU QUERO ESTAR ENGANADO!
É por conta destes cenários que prospera a Escola dos Pais, onde a educação é feita dentro de casa.
No caso da proposta publicitária citada, prefiro o pedrinho como o futuro “Menino do Dedo Verde”, ou o próximo “Paulo Freire”, ou o futuro “Gonzagão”, ou mesmo o futuro “Gabriel Garcia Marques”.
Infelizmente a mediocridade pedagógica reinante alimenta as muralhas castradoras da criatividade, o oposto do proposta escolar da liberdade e da criatividade.
Por Moisés Matias
Publicado em 09/03/2013, em ecologia e criatividade, manifesto, meio ambiente, Vivências. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
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