Caminhos da Ecologia Profunda
No caminho para o Sítio Panakuí saio da área urbana, atravesso alguns bairros e lentamente começam as imagens da ruralidade. Em São Luís/Ma, infelizmente, as imagens rurais estão associadas à destruição da natureza e à pobreza. Por aqui rural é sinônimo de Sibéria, ou seja, abandono e castigo. Sigo em frente.
Em uma área grande, vejo se repetir novamente a cena da vegetação rasteira queimada. Em uma enorme área o proprietário – criminoso – toca fogo para ter um pouco de pasto para o gado, no final do verão, nas primeiras chuvas. Todo ano a coisa se repete. E nada acontece. No meio da área queimada, um belo Ipê Amarelo, florido, parece levantar-se como um dançarino, no meio da arena de cinzas.
A noite de lua cheia guarda os seus encantos. Na manhã, a lua cheia resolve pousar na minha casa.
Na breve caminhada, chego ao porto. A maré está cheia. A lua está muito próxima da terra. As canoas artesanais balançam, refletindo-se na água cristalina.
É tempo de caju. O seu aroma está no ar. Recolho alguns vermelhos, outros amarelos. Como é bom comer uma fruta colhida com as mãos. E a safra, que está acabando, ainda está espalhada pelo chão, debaixo do robusto cajueiro. As crianças, satisfeitas, já não querem o suculento fruto. Faça a colheita e sigo para um desjejum com a fruta cortada. Tudo natural.
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Publicado em 20/10/2013, em ecologia e criatividade, Ecologia e estresse. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
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